Uma declaração de amor da ovelha pro seu Bom Pastor e vice versa


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quem é esse "D-s"?!

Há alguns anos surgiu uma novidade no cenário das palavras escritas, que insiste em permanecer firme e forte, fazendo mais adeptos: gente se referindo a Deus como "D-s"!
(!?)
Por que isso?! Qual a explicação lógica?!
Se Deus pede de Seus filhos um culto racional (Romanos 12:1), onde está a racionalidade nisso?!

Em primeiro lugar, é preciso entender que o "culto" não é apenas o tempo que passamos na igreja adorando, tendo comunhão com Deus e com os irmãos e aprendendo da Palavra! Isso se chama "reunião", um momento vital e precioso, onde os filhos de Deus se encontram para dar a Ele o que Lhe é devido e receber os inúmeros benefícios espirituais dessa experiência.

Mas o verdadeiro culto se reflete principalmente no dia-a-dia, como uma expressão do viver: seja nas palavras, nos atos, nos pensamentos; nas relações, nas escolhas, nas decisões, nos desejos, na postura, ou seja, nossa própria vida deve ser um culto de louvor a Deus, ininterrupto! 
É por isso que é inadequado dizer: "vamos cantar um hino para começar o culto" ou "quando o culto terminar"... O que começa ou termina é a programação. O culto não pode terminar nunca!
Mesmo nos assuntos e questões seculares, Deus deve estar presente e se agradar de nós. Isso é vida com Deus; isso é culto!

Portanto, partindo desse princípio, TUDO o que eu faço deve ser um culto e um culto racional a Deus. (Penso que até as emoções devem ser racionais!) 
E é aqui que a pergunta insiste em não querer calar: qual a razão de se escrever Deus como "D-s"?! 

Obviamente que eu tive a curiosidade de pesquisar a razão dessa escrita com quem a adota, mas os argumentos são muito furados! Olha só:

Há quem diga que é porque "essa é forma que os judeus escrevem o Nome de Deus, pois na língua deles não existe vogal"!
(Ai, ai, ai, me poupe, né?)
Na língua deles não existe, mas na nossa existe, caramba!
Com todo o respeito ao povo judeu, mas se essa escrita pertence à cultura deles, fazer uma importação desse hábito, fora do seu contexto, é no mínimo patético!

E desde quando as vogais são as representantes de qualquer desrespeito?!
Tudo bem que a axé music é um horror e tratou de abusar das vogais (aê-aê-aê-aê/ ei-ei-ei-ei/ ô-ê-ô-ê-ô-ê-ô-ê-ôôôôôô...), mas insinuar que existe problema com as vogais, é de uma insanidade sem tamanho!

Além do mais, dentro desse raciocínio, eu sou tentada a concluir que os cristãos de todo o planeta deveriam, então, abandonar o seu idioma natal e adotar de uma vez o hebraico como a língua santa, pura, perfeita e a única ou a mais aceitável pela Divindade, é isso?!

Há quem diga que "é uma forma respeitosa de se dirigir a Deus"! 
(!!!)
Como assim?!
Então a Bíblia TODINHA está desonrando o seu próprio Autor?!
(K entre nós, não é muita pretensão um mero mortal se colocar acima dos escritores bíblicos, que foram inspirados por Deus para escreverem as Escrituras?! Como é que Deus os inspiraria erradamente?!) 
 
E se isso é demonstração de respeito, por que respeitar apenas o Deus Pai?!
Jesus não é Deus também?! Por que a escrita do Seu Nome não é "J-s"?
E o Espírito Santo, que também é Deus, por que não escrever o Seu Nome tipo "E-to S-to"???
Como é que pode uma injustiça dessa?!

Outra dúvida que eu tenho: se a gente fala e canta o Nome de Deus completo, por que eu não faria da mesma forma, na hora de escrever?!

O Nome de Deus não é pra ser usado como amuleto ou supersticiosamente, mas todos nós sabemos que esse Nome tem poder! 
O Nome de Deus deve ser levado e proclamado como é: por inteiro, por completo, porque Ele é assim!

Abreviar Seu Nome dessa maneira, pra mim, só tem 3 explicações: ou a pessoa quer aparecer, parecendo ser cult ou qualquer outra coisa do gênero; ou a pessoa usa cegamente, só pra imitar o seu ídolo; ou é pura hipocrisia mesmo!
(Se há alguma explicação nobre que justifique essa prática, por favor, me fale, que eu serei a primeira a fazer uma retratação aqui!)

Claro que escrever "Deus" ou "D-s" não é ponto de salvação, mas me assusta o tanto de gente influenciável, que simplesmente desliga o bom senso e faz as coisas mais sem sentindo, só porque todo mundo está fazendo! 
Se vc se deixa influenciar dessa forma, amigo, ao ponto de se passar por um animalzinho amestrado de circo - que imita sem saber o que faz - cuide pra não embarcar em coisas que realmente possam te levar à ruína espiritual! Essa pode ser uma porta de entrada pra influências mais perigosas.

O Nome de Deus é santo sim, isso é um mandamento (Êxodo 20:7), mas não é o uso dessa abreviatura que determina o quanto você O adora dignamente! Até porque, do que adianta escrever "D-s" no papel, mas na vida real ser um boçal, ou um mercenário, ou um interesseiro, ou um oportunista?!

Muito mais louvável é investir em mais personalidade (cabeça pensante) e em mais coerência, isso sim!

A Bíblia não é o nosso manual de instruções? Então deixe-se influenciar pela Bíblia e a Bíblia somente!

DEUS nos abençoe nisso também!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O natal é Jesus

Um dos textos de natal mais lindos que eu já li, encontrei num dos meus blog's mais queridos, de um novo amigo: o Blog do Cândido Gomes. Esse texto foi postado em 25 de dezembro do ano passado e, com a devida autorização do autor, compartilho aqui, com muita alegria!

A frase em destaque no final, é de uma profundidade e beleza tão grandes, que só uma mente privilegiada poderia sacar!

Deleite-se nessa Verdade e nesse Amor infinitos!

*¨*¨*¨*¨*¨*

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009


sempre


..
dia vinte nove de novembro de mil novecentos e oitenta e sete, nasceu o meu irmão do meio. dez de dezembro de mil novecentos e noventa, nasceu a minha irmã mais nova. dezesseis de dezembro de mil novecentos e cinquenta e três, nasceu minha mãe. onze de maio de mil novecentos e cinquenta, nasceu meu pai. é interessante como nunca esquecemos o dia do nascimento das pessoas a quem amamos. intrigante como ninguém lembra o dia em que nasceu jesus.

aquele que mudou a ordem das coisas e rasgou a história em duas, não teve aplauso nem lembrança. o que talvez cumpra um propósito. o poder de sua vida não cabe nas horas silentes de um dia qualquer na linha da história, mas ultrapassa as fronteiras da pequenina belém e alcança os espaços abertos no coração de quem, em qualquer tempo e lugar, volta à cena da manjedoura, em busca de pureza e graça. temos um conterrâneo na trindade. ele nasce hoje e sempre.



feliz sempre!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Atlanta parte 3 - a Comissão de Nomeação

Na postagem anterior, expliquei como fui parar na Comissão de Nomeação. Um rápido recapitula: só tinha um jeito pra isso, já que essa comissão é predominantemente masculina, pois os presidentes, secretários, tesoureiros, administradores e pastores distritais, são todos homens, né? A única forma, já que sou mulher e não ocupo nenhuma dessas funções citadas, era se o presidente da minha União (a UEB) sorteasse uma das 2 cadeiras disponíveis para "membro leigo" e foi justamente isso que aconteceu, não é incrível?!
Coisa mais improvável!
 
Com a orientação vinda da Associação Geral de que, na medida do possível, fosse dado espaço às mulheres,  o caminho estava asfaltado pra mim! 
Mas... por que eu?! Por que justo o meu presidente sortear "membro leigo"?!

Eu não tenho nenhuma dúvida de que foi vontade de Deus que assim fosse, pois se o critério fosse mérito, milhões de outras pessoas mereciam muito mais estar ali, do que eu! Além do mais, eu nunca fui de "cavar" benefícios pra mim, (sempre tive horror a gente oportunista!), nunca puxei saco de ninguém pra aparecer onde quer que fosse, nunca me ofereci pra fazer nada na igreja com interesses particulares em primeiro lugar, nunca fiz nenhum tipo de politicagem, "negociata" ou mesmo chantagem (jogando o meu serviço prestado à igreja na cara de ninguém) pra levar vantagem em alguma coisa, não teve nada disso! Tudo aconteceu de maneira muito natural,  transparente e quem estava lá, pode atestar minhas palavras.
É por isso que hoje, olhando para trás, eu LOUVO A DEUS e nunca vou me cansar de fazê-lo, pois ser escolhida por Ele - e não por homens - é um privilégio que eu nunca poderei descrever!

Só que naquela quinta-feira, dia 24 de junho, eu ainda não enxergava isso. Como disse anteriormente, ser eleita pra fazer parte da Comissão de Nomeação foi, inicialmente, um tormento, um castigo pra mim! Fiquei muito chateada, aborrecida, me deu até dor de cabeça na hora! 
As informações de que eu ficaria presa em reuniões intermináveis e chatérrimas me apavoraram, porque eu queria curtir as programações, principalmente a música da Conferência, que é riquíssima, queria também ter um pouco mais de liberdade, como os outros delegados, pra passear e fazer minhas compras. (Na verdade, eu tive essa reação porque não sabia o que era essa tal comissão!)

Já naquele meu primeiro dia de Conferência, fui informada  de que teríamos a 1ª reunião da Comissão de Nomeação (CN) naquela mesma noite.
Nossa! Que coisa, não?
Ainda muito chateada com aquela situação, eu comecei a ficar incomodada de estar incomodada! 
Se as pessoas me deram tantos parabéns, ouvi vários falando que era um privilégio e tal (apesar dos comentários do "chá de cadeira"), por que só eu não recebi a honra, como uma honra realmente?! 
No fim daquela tarde, antes dessa 1ª reunião da noite, enquanto andava pelos imensos corredores do GWCC, comecei a pensar nisso e fiquei ainda mais triste por não estar feliz com a minha nomeação! 

Na hora marcada, lá estava eu na sala 304 do prédio B do GWCC, onde aconteceriam todas as nossas reuniões.
Éramos 246 delegados do mundo inteiro, dos quais, apenas 31 mulheres
A nossa delegação sul americana, formada por 27 pessoas, sempre sentava junta, mais ou menos nesse ponto, mais à esquerda da sala
O objetivo desse primeiro encontro foi votar quem seria o presidente da Comissão e também o secretário e sub-secretário. Esses últimos eu não lembro os nomes, mas o presidente eleito pra dirigir todas as reuniões da CN foi o Dr. Bob Kyte, um dos advogados da Associação Geral. Um homem fino, democrático e firme, que levou muito a sério o seu trabalho à frente dos 246 delegados de todo o mundo.
Dr. Bob Kyte, presidente da Comissão de Nomeação da Conferência Geral 2010
Eu não tenho certeza, mas ainda nessa primeira reunião, eu tenho uma vaga lembrança de que o Pr. Jan Paulsen (presidente da Associação Geral nos dois mandatos anteriores) esteve nessa nossa sala de reuniões para uma palavra com os delegados. (Que estranho eu não ter certeza dessa cena!)

Feitas essas votações iniciais e dadas as orientações a respeito  dos nossos trabalhos (horários, votação eletrônica, tradução simultânea, sigilo, proibição de aparelhos de comunicação lá dentro...) reunião encerrada, voltamos pro hotel por volta das 10:30 da noite.

No meu quarto, sozinha e com toda a sinceridade do meu coração, eu me ajoelhei e pedi a Deus que tirasse aquele incômodo de mim, pois eu queria "saborear" a bênção de fazer parte da Comissão de Nomeação como tinha que ser, ainda mais sendo a única mulher da delegação sul americana! Eu queria aceitar de bom grado, tudo que Ele tinha reservado pra mim naquela viagem, pois eu sempre tive certeza absoluta que Ele mesmo tinha me levado até ali.

Dormi tranquila e no outro dia, bem cedo, levantei me sentindo outra: leve, bem leve.

A 1ª reunião do dia (sexta-feira, 25 de junho) na sala 304 começou às 7:30 da manhã e quando soube que nomearíamos o presidente da Associação Geral, a ficha caiu! Meu Deus, eu vou participar da escolha do líder mundial da minha Igreja?!
Senti uma emoção tão grande, que meu olhos se encheram d'água, pois só ali entendi o altíssimo privilégio que tinha recebido! Deus havia respondido minha oração, mais rápido do que eu podia imaginar!

A partir daquele momento, até o último dia da Conferência, uma alegria gigantesca me invadiu e todos os dias eu saía cedo do hotel como uma criança a caminho da Disneyland!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Atlanta parte 2 - chegou a hora!

Depois de todos as providências e preparativos pra minha viagem, com a antecedência necessária, tudo certo, chegou a hora de embarcar pra Atlanta. 
Detalhe: sozinha! 
Minha família não pode ir e essa foi a única parte chata e incômoda pra mim; mas com a certeza de que Deus estava à frente de tudo, eu estava muito tranquila. 
Além do mais, o fato do Brasil ser a maior nação Adventista do mundo, era certo que eu encontraria muitos irmãos no voo, com o mesmo destino que eu.

Ainda no espaço aéreo de MG
Dia 23 de junho de 2010, quarta-feira: às 3:00 da tarde saí do aeroporto de Confins, em BH, pra Guarulhos e de lá, às 10 e pouco da noite, o avião decolou para Washington DC.
Passar a noite todinha viajando numa poltrona cuja inclinção máxima vai de 90º a 95º (só pode!) não é das experiências mais agradáveis do mundo, mas todos sobrevivemos e umas 6:30 da manhã do dia 24, pisamos no solo da capital americana, para aqueles procedimentos legais de entrada no país. Mas até que foi rápido e às 8:30 já estávamos voando pra Atlanta.
Lá pelas 10:30 chegamos e como no voo tinha vários delegados brasileiros (de várias partes do BR) e ficaríamos hospedados no mesmo hotel, fomos juntos pra lá de metrô, cuja estação fica dentro do aeroporto. Uma comodidade incrível pra nós!
A estação onde descemos tem um esquema de passagem por dentro, com passarela coberta (muito comum na cidade) que a gente cai direto dentro do hotel, sem por o pé na rua! Quanta facilidade pro visitante, minha gente!

Depois do check in na recepção, descarregamento das malas, banho, troca de roupa e alguns minutos de deslumbramento com a belíssima vista do meu quarto no 37º andar...
...saí correndo pro complexo onde estaria começando oficialmente, às 2:00 da tarde, a 59ª Conferência Geral da IASD.
Ver de perto a estrutura, a logística, a organização  impecáveis de um evento grandioso como esse, é algo realmente impressionante e muito impactante! São meses e meses de planejamento e grande exército de pessoas envolvidas pra receber mais 2.600 delegados do mundo inteiro, mais os milhares de membros leigos que vão para acompanhar as reuniões de negócios (já que elas são abertas ao público) ou mesmo pra participar só dos cultos, pois os sermões são sempre maravilhosos (cada dia um pregador diferente, de diferentes partes do planeta) e a música, nem se fala! É uma atração à parte!

Logo na chegada ao hotel, tinha sido informada de que teria ônibus disponível pros delegados na porta do hotel, a cada meia hora, rumo ao Georgia Dome/Georgia World Congress Center (GWCC), onde aconteceria o evento. Que maravilha!


Como a delegação norte-americana estava hospedada no mesmo hotel que nós, da delegação sul-americana, a gente ainda teria a opção de ir no ônibus dos gringos.

Saí do hotel sem almoçar, peguei o busão e ao chegar no GWCC fui direto fazer meu registro no stand da Divisão Sul Americana (DSA).
Do lado esquerdo, os stand's das 13 divisões do mundo
Eu e o prof. Pedro, diretor do IAP (Instituto Adventista do Paraná, um dos nossos colégio internos), também delegado na CG.
Nesse stand fiz o meu registro e recebi o material dos delegados numa pasta enorme e super linda, com milhões de coisas dentro: o livro com toda a programação do evento (traduzido para 5 línguas), o fichário para os trabalhos,  a ficha amarela para as votações em plenário, o rádio  com fones, para a tradução simultânea (com uma folha indicando a frequência dos 15 idiomas disponíveis), a caneta pen drive (com 4 GB de memória) e mais um monte de outros brindes bem legais (canetas, livros, cd's e uma pancada de folhetos vale brindes, para serem apresentados nos stand's da gigantesca feira de expositores, no GWCC, onde a gente poderia retirar outros zilhões de brindes para os delegados).

Saí do GWCC, onde ficava também as salas de reuniões das comissões, o gigantesco refeitório,  a gigantesca feira de expositores de alguns departamentos e órgãos da igreja (divisões, uniões, colégios, hospitais, rádio, tv, publicadoras, fábricas de alimentos, materiais para crianças, desbravadores e stand's de alguns grupos musicais como o Heritage Singers e o King's Herald)...
Corredor principal do GWCC
Esta escada rolante vai sair...
...aqui, do lado de fora
...e fui direto pro Georgia Dome, que fica do lado do GWCC, ginásio onde ficava o plenário para as reuniões de negócios e  também onde eram realizados os cultos.


Ao chegar lá dentro, aquele impacto pela grandeza do lugar:

"Proclamando a Graça de Deus", o tema da 59ª CG
Foto "roubada" do Pr. Rogério Sathler (Delegado que rouba delegado, tem 100 anos de perdão! Não rimou, mas o importante é que eu sou uma "ladra" honesta, que dá o devido crédito, né?)
o teto
E como cada Divisão tinha a sua área determinada, fui caçar minha turma, que estava bem lá na frente, na beira do palco, mais à direita.
Participei, toda feliz, da primeira reunião no plenário,  ouvi atentamente o que era falado...
votei (não lembro o quê)...


...sem jamais imaginar o que viria logo a seguir!

Essa reunião não demorou muito, quando recebemos a informação de que todas as Divisões se reuniriam em salas separadas, mas simultaneamente, para escolherem seus representantes na Comissão de Nomeação (Nominating Committee). 

Lá vamos nós, os 260 delegados da Divisão Sul Americana, (DSA) para a sala 405 do prédio B, do GWCC.
Todo mundo acomodado, o Pr. Erton Kohler, presidente da DSA, começa a nos dar as orientações de como se daria a eleição dos 27 delegados, representantes da nossa Divisão, que comporiam a comissão de nomeação.  Falou a respeito dos trabalhos que eles fariam: ajudar na escolha da liderança mundial e sul-americana e que, na medida do possível, fossem escolhidas mulheres.

Líderes da DSA no período de 2005-2010

O próprio Pr. Erton nos apresentou uma fórmula mais prática que foi estabelecida na CG passada, em St. Louis e aprovada por todos ali presentes, de ocuparmos as 27 cadeiras a que tínhamos direito, da seguinte maneira:
-os 13 presidentes das Uniões que compõem a DSA;
-3 representantes, dentro do grupo de 5 instituições que temos  em nosso território (colégios, hospitais, publicadora, fábrica de alimentos e comunicação - rádio e tv);
-7 outros pastores, entre secretários e tesoureiros de regiões administrativas;
-2 pastores distritais (pastores de igrejas);
-2 membros leigos.

Para ser justo, o Pr. Erton propôs que 11, dos 13 presidentes de Uniões, sorteassem os cargos que o seu grupo escolheria, deixando de fora os 2 presidentes das Uniões que já estavam bem representadas no grupo dos administradores das instituições. E assim foi: cada presidente foi na sacolinha e sorteou ou secretário, ou tesoureiro, ou pastor distrital, ou membro leigo. 

Qual não foi a surpresa do grupo de delegados da União Este Brasileira? O nosso presidente, Pr. Maurício Lima, o penúltimo a enfiar a mão na cumbuca, sorteou... um membro leigo!
Oh my dog!
Botei minha barba de molho!
Dos 15 ou 16 delegados da UEB ali, eu era a ÚNICA MULHER e eles já começaram a me dar tapinhas nas costas, dizendo que eu não escaparia! 
(Lembram que o Pr. Erton tinha pedido que, na medida do possível, fossem escolhidas mulheres?)
Eu comecei a ficar aflita, desesperada, porque não queria DE JEITO NENHUM!!! Já tinha ouvido falar que as reuniões da Comissão de Nomeação eram infindáveis, chatíssimas, um "chá de cadeira" louco, a pessoa ficava presa, sem poder aproveitar nada do evento... AFE!

Cada grupo de delegados, da mesma União, se dividiu na sala para fazerem sua votação, a partir do cargo que o seu presidente tinha sorteado.
O nosso presidente, Pr. Maurício, diante do seu grupo de delegados, identificou quais eram os membros leigos: um senhor de Teófilo Otoni, um rapaz, se não me engano do Rio e eu. 

Antes da votação secreta, feita num papel, ele lembrou o raio da orientação "na medida do possível... mulher..." (grrrrrrr)
Eu pedi a palavra e, num ato de desespero total, discordei da orientação dada e sugeri que a pessoa escolhida fosse o delegado mais velho, por uma questão de respeito às cãs... ô dó! Não teve jeito: o rapaz teve uns 2 votos, o senhor teve 1 voto (o meu, claro!) e eu tive 13 votos!
aiaiaiaiaiaiaiaia!!! Tô frita!

Todo mundo veio me parabenizar e eu sem entender nada porque, na minha cabeça, aquilo tava mais com cara de castigo!

Trabalho encerrado, todos os 11 presidentes das Uniões foram lá na frente para apresentar a todos os 260 delegados sul americanos, o nome que seu grupo escolheu para compor  as 27 cadeiras a que tínhamos direito.
Feito isso, voltamos ao plenário, lá no Georgia Dome, onde seriam apresentados aos mais de 2.600 delegados, os nomes dos 246 representantes de todo o mundo, que fariam parte da Comissão de Nomeação, da 59ª Conferência Geral da Igreja Adventista do 7º Dia.
E lá estava o meu nome:

Mais perto, por favor!

Como foram as reuniões na Comissão de Nomeação?
Foi "chá de cadeira" mesmo, como me disseram? 
Será que eu continuei com o coração apertado por não querer estar ali de jeito nenhum????


Cenas do próximo capítulo...

domingo, 11 de julho de 2010

Atlanta parte 1 - intróito

Não me lembro a data certa, mas acho que em maio de 2009, recebi um telefonema do Pr. Freitas, presidente da Associação Mineira Central, me comunicando que eu havia sido nomeada por um conselho de pastores, a delegada leiga que representaria a nossa Associação na Conferência Geral de 2010 em Atlanta, nos EUA.
Você pode imaginar a alegria e o embasbacamento de uma notícia dessa????

Uma breve explicação pra quem não sabe: a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) é regida por um sistema democrático representativo e tem uma estrutura organizacional muito bonita, onde várias igrejas de uma mesma região, formam uma Missão ou Associação. No meu caso, sou membro da IASD Central de BH e nós fazemos parte da Associação Mineira Central, cuja sede administrativa fica aqui mesmo, em Belo Horizonte. 
(Em Minas Gerais temos mais 2 Associações: a Mineira Sul, com sede em Juiz de Fora e a Mineira Leste, com sede em Governador Valadares).

Algumas Associações de uma mesma região, formam uma União. No meu caso, pertenço à União Este Brasileira, (com posto por 8 Associações de 3 estados: MG, RJ, ES), cuja sede administrativa fica em Niterói-RJ, tendo como presidente, o Pr. Maurício Lima.  

Algumas Uniões de uma mesma região formam uma Divisão. No meu caso, pertenço à Divisão Sul Americana (composto por 13 Uniões de 8 países: Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru e Equador), cuja sede administrativa fica em Brasília-DF, tendo como presidente (recem re-eleito), o Pr. Erton Kohler.

Todas as Divisões do mundo, 13 no total (veja quadro abaixo) 

formam o órgão maior da IASD, que é a Associação Geral, cuja sede administrativa fica em Silver Spring, no estado de Maryland, nos EUA, tendo como presidente recem eleito, o Pr. Ted Wilson.

Voltando à minha alegria embasbacante, ouvi atentamente as orientações do Pr. Freitas quanto à minha viagem e a minha missão como delegada na Conferência Geral, um evento grandioso, uma espécie de Copa do Mundo cristã, que  reúne membros leigos e líderes dos 5 continentes da terra e que acontece a cada 5 anos, com o objetivo de manter e fortalecer a unidade da igreja, com seus mais 16 milhões de membros, espalhados em mais de 200 países.

O Pr. Freitas me falou que a recomendação do órgão superior (a União Este Brasileira - UEB) é que o delegado leigo da Associação Mineira Central (AMC) fosse uma pessoa ligada à música e a jovens, de preferência uma mulher.
Num universo de 34 mil membros da AMC, claro que o conselho de pastores reunidos deviam ter muitos nomes na mesa, mas, não sei porquê, foi vontade de Deus que meu nome fosse o escolhido!
Quanta honra! Quanta honra!
A maior de toda a minha vida!

Ao receber a notícia, me ajoelhei e, quase sem conseguir expressar a minha gratidão, orei  e louvei a Deus por tão grande presente!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Lembrando quem somos

Um jovem africano foi sequestrado e forçado a cruzar o oceano num navio negreiro. Após passar meses comendo alimentos estragados, em meio a doenças e mau cheiro de dejetos humanos, vendo muitos morrerem ao seu redor, o jovem chegou à América.
Os comerciantes o empurraram para o local do leilão. Para surpresa de todos, esse escravo não pendia a cabeça em humilhação, como a maioria. Mantinha-se ereto, com o peito estufado, o queixo erguido e o olhar altivo. A multidão, agitada, murmurava. Por que esse escravo era tão diferente?
O atravessador de escravos sabia a razão e disse ao povo: "esse jovem é filho de um rei na África e não consegue esquecer disso!" 
(Extraído do livro "Com a eternidade no coração" de Rubem Scheffel - Meditações diárias 2010, dia 1º de junho)

Nós também fomos sequestrados e feitos escravos, mas o nosso resgate já foi pago! Logo, logo estaremos no palácio do Pai e por isso, nossa postura tem que ser outra! Não se trata de soberba, mas apenas uma certeza que nos enche de felicidade e segurança: somos príncipes e princesas, filhos do Rei do Universo e não podemos nos esquecer disso! 



segunda-feira, 17 de maio de 2010

Porquês

Permita-me uma breve apresentação:
eu pertenço à Igreja Adventista do 7º Dia desde o berço, aliás, sou a 3ª geração Adventista da família, meus filhos são a 4ª e espero que meus futuros netos dêem prosseguimento a essa tão linda identidade cristã por uma única razão: a IASD aceita, prega e ama a Bíblia todinha, do Gênesis ao Apocalipse, sem tirar nem acrescentar nenhuma vírgula sequer.

Eu não falo isso pra detonar as outras denominações,  pois respeito todas elas, mas ressalto esse  fato porque é a constatação de uma divergência importante entre nós e os evangélicos, já que este espaço foi criado partindo do pressuposto que a Bíblia é a Palavra de Deus, um Livro de respostas; nossa bússola que orienta em tudo, uma espécie de "manual de instruções do Fabricante". Acredito firmemente que nada ali foi escrito em vão, por isso, nada pode ser descartado.

Eu amo ser adventista, porque vejo total coerência em suas 27 doutrinas bíblicas, mas tenho plena convicção que denominação não salva ninguém! Só Jesus Cristo salva e pronto!

Antes de ser adventista, católico, metodista, presbiteriano, batista,  espírita... o que importa mesmo é ser de Jesus e isso é uma questão de escolha! 

Em 2005 eu tive o privilégio de compor uma música em parceria com o meu amigo Társis Iraídes (2º tenor do quarteto Arautos do Rei) que fala exatamente sobre essa escolha, expondo vários porquês. Em 2006 a música "Sou de Jesus" foi eleita o tema  oficial do ministério jovem para 8 países da América do Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai) que formam uma unidade administrativa da igreja, chamada Divisão Sul Americana.
O arranjo original está aqui, mas uma outra versão foi feita, mais intimista, com a belíssima voz de Joyce Carnassale solando, que eu também gosto muito:



Eu já fiz minha escolha: Sou de Jesus!